Notícias
Centro de Formação Artística recebe “cartão postal” com assinatura do Irmãos Dimg
A obra faz parte do Programa Arte Urbana SP, do Governo do Estado, que visa valorizar e dar visibilidade em obras de artistas locais.
A Diretoria Geral de Cultura, Turismo e Economia Criativa inaugurou no último dia 27/2, o Painel “Tapera”, no Centro de Formação Artística – CFA, com assinatura dos irmãos Gustavo e Augusto Dimg, e que faz parte do Programa Arte Urbana SP, realizado em apenas 100 municípios do Estado. A iniciativa visa dar apoio à realização de murais, instalações e intervenções de arte urbana e composição de galerias a céu aberto, utilizando temas e técnicas gráficas da arte de rua, executado por artistas, grupos e coletivos de relevância no cenário cultural local e regional. As ações tem foco na expressão visual da cultura de rua, dialogando com as identidades locais e regionais dos municípios do Estado de São Paulo.
O Diretor Geral de Cultura, Turismo e Economia Criativa, Edson Noburu Endo, falou da importância do Arte Urbana SP para Registro. “É uma grande realização da Município que contou com o fundamental apoio do Governo do Estado por meio da Amigos da Arte. Foi uma ideia incrível de valorizar os artistas locais, especialmente em um espaço de grande fruição cultural como é o Centro de Formação Artística, integralmente dedicado à arte e cultura do Município. Com certeza essas cores, referências ancestrais e os elementos da cultura do grafite em sua composição, resultaram em um belo cartão postal da cultura registrense”.
IRMÃOS DIMG – Gustavo e Augusto, respectivamente graduados em Artes Visuais e Tecnologia em Design, com ênfase em Grafite, foram nascidos e criados na zona sul de São Paulo, no bairro Grajaú, onde iniciaram suas carreiras no grafite em 2004. O contato com as tintas, as noções de tempo da capital e o regresso a terra de seus antepassados, contribuíram para a formação das noções estéticas que hoje fazem parte da identidade visual presente na obra dos irmãos. O trabalho que tem se concentrado em dar-a-ver a beleza da cotidianidade preta, narra uma cosmovisão que considera a natureza e a ancestralidade como elementos base.
Atualmente, residentes na cidade de Registro há seis anos, a história dos irmãos Dimg’s se confunde com a de muitas famílias que saem da periferia em busca dos seus objetivos. O regresso dos irmãos, demarcados pela perda da avó, proporciona a possibilidade de reconexão com um imaginário de ideias e conceitos que atravessam as noções de mundo dos artistas. Os traços reflexivos e o magnetismo estético que os irmãos dão às obras, no intento de estabelecer afetações, está alicerçado na valorização da comunidade e suas matrizes simbólicas. Neste sentido, sintetizados nos traços que dialogam com diferentes noções temporais, espaciais e territoriais, pintar, mais do que representações já existentes, garante a obra dos Dimg’ s sentidos únicos.